O nome é uma das primeiras coisas olhadas por quem acessará seu perfil. Por isso, batizar seu fake é uma tarefa mais importante do que parece: nada que possa chamar a atenção ou provocar risos por causa de piadinhas da rede, como um Manolo, por exemplo. Procure uma combinação comum de nome e sobrenome que não se destaque dos demais contatos.
Todo bom fake também começa com um bom email, mesmo que ele sirva apenas para o cadastro. Não coloque sequências aleatórias de caracteres ou logins muito infantis, que possam servir de prova que o email é apenas uma fachada. Procure utilizar o nome de sua conta falsa, por exemplo.
Tome cuidado ao inserir qual é a cidade natal, por exemplo, ou seus contatos podem querer pesquisas sobre você ou até encontrá-lo fora da rede.
As informações
Agora comece a preencher sua própria página. Escolha um estilo de vida, seja algo mais descontraído ou discreto. Nos itens sobre preferências, bole músicas, filmes e livros favoritos, mas tenha um conhecimento mínimo sobre eles para poder falar sobre o assunto quando algum contato o questionar.
Mostre também que você não fica apenas em uma só atividade na rede social: clique em “Curtir” na página de alguns assuntos de que você goste no Facebook e adicione um conjunto de comunidades no Orkut para ajudar a formar ainda mais a personalidade do fake.
3. Em busca da foto perfeita
Tão importante quanto todas as informações contidas no perfil é a foto, o item que mais se destaca em uma página. Tenha em mente uma lista de restrições: evite desenhos ou ilustrações e não seja uma celebridade.
Escolha com cuidado
Bancos de dados para pesquisa de imagens ou as próprias redes sociais, por exemplo, concentram uma infinidade de fotos para seleção.
Montagens também são válidas, desde que feitas com qualidade. Para isso, programas como o Photoshop e o The GIMP, por exemplo, auxiliam na edição e tratamento do arquivo. Ainda assim, tome cuidado e utilize esses retratos por sua própria conta e risco.
Atente às roupas, que não podem ser tão extravagantes, mas devem estar lá (portanto, nada de sungas ou biquínis!). A produção da foto também é essencial: procure algo natural e cotidiano, passando longe de retratos tirados profissionalmente, como ensaios em estúdio, por exemplo.
No meio da galera
A foto do perfil não pode ser a única de seu álbum. Busque fotos em grupo, para que fique claro que você é real e sai de casa para se encontrar com amigos, em vez de passar o dia em casa postando em redes sociais.
Quanto mais natural seu personagem for, melhor. Procure bolar uma rotina, como ter um emprego ou um estudo e, se possível, poste até fotos desses locais. Cuide apenas para não criar uma história complexa demais.
Uma ideia bastante interessante é utilizar recursos como as marcações de fotos nas redes sociais, que permitem a criação e a interação entre álbuns de fotos. É possível marcar até mais de uma pessoa, para criar uma situação falsa em que você e outros colegas virtuais estariam presentes.
Mesmo que seja no meio de uma multidão, marque alguma pessoa aleatória. Selecione alguém que não apareça nitidamente ou esteja borrado e diga que é você. Ao menos que alguém envolvido no retrato discorde, ninguém tem provas para desconfiar.
Não adianta só criar o perfil perfeito se ele não interagir com pessoas de verdade. Postagens em tópicos, em seu perfil ou no de seus contatos são itens essenciais para mostrar sua autenticidade. Comente vídeos que acabaram de sair na internet e diga o que achou de fotos adicionadas recentemente por seus amigos, por exemplo.
Ainda assim, tome cuidado: essas postagens devem ser feitas em frequência moderada, sem encher a tela dos seus contatos, mas mostrando atividade.
Quer ser meu amigo?
Perfis com nenhum contato, ou com poucas pessoas adicionadas, facilmente podem ser taxadas de fakes. Por isso, trabalhe arduamente para criar uma rede de amigos virtuais, que não precisam saber quem você é.
Existem vários perfis em todas as redes sociais que nem ligam para quem é o contato e o adicionam quase que automaticamente. Procure essas pessoas para iniciar uma lista de contatos e, repetindo o passo da criação de identidade, evite ao máximo adicionar outros fakes e busque usuários que não despertem muita atenção.
Com essas pessoas, a interação também deve ser cuidadosa. Vá além do “Oi, tudo bem?” e procure assuntos para discussão, mas não detalhe sua vida pessoal, por exemplo. A desconfiança começa se você der informações imprecisas ou contraditórias, portanto prefira apenas papos leves e cotidianos.
Nas comunidades ou listas de discussão, não há dicas especiais, pois é aí que entra a personalidade e o motivo de existência do seu fake. Faça piadinhas, inicie discussões ou apenas interaja naturalmente, cuidando sempre para não exagerar.
Não pare
Seu perfil não pode morrer do nada. Mantenha-o atualizado, adicionando fotos e curtindo um filme que você teria visto no cinema, por exemplo. Faça comentários sobre temas atuais, como futebol, política ou até o clima da cidade.
A personalidade também não pode mudar: você é como um personagem de filme, com um estilo que deve ser mantido durante todo o tempo. Se você deseja parar de utilizar o perfil, apague-o, pois a inatividade pode levantar mais suspeitas.
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Não ache que é tão fácil gerenciar um fake. Com os poderes do perfil, vêm também grandes responsabilidades. Atualizações constantes podem gastar um pouco do seu tempo. Além disso, você deve tomar vários cuidados, não indo longe demais com o personagem, por exemplo, ou não pegando fotos inapropriadas.
Agora que você sabe como criar a conta perfeita, faça o teste! Crie um perfil e veja se você foi convincente ao montar uma identidade falsa. Se você já tinha um fake, relate qual sua história com ele, se as dicas surtiram efeito e se ele ainda está escondido dos outros.